segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dar milhos aos pombos.


Pois é meus amigos, ninguém é perfeito, mas o que conta é a intenção.

:)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Mar da Chincha no Coliseu

Verdade seja dita, no dia 21 todos estávamos ansiosos por ver os Dave Graney & the Lurid Yellow, que nos brindaram com excelente músicas como “Let’s kill God”, ou “The Past is the Present” e quem não se lembra daquela outra música que tinha uns “uuhhh uuuhhhs” bem agudos com que nos brindou a menina do conjunto musical... já para não falar do cabelinho do cromo da guitarra que nos relembrou aqueles momentos dos anos 90 que todos lutamos por esquecer...



Falando a sério e parafraseando o homem da noite, o Sr. Dave e o seu chapéu amestrado, são uma de duas coisas, ou até eventualmente, as duas ao mesmo tempo: “a fucking disaster” ou “fucking idiots”... eu pendo mais para esta segunda!



Eu cá gostei! Já lá iam uns anos valentes desde o último concerto à séria! Gostei muito! Fartei-me de pular e cantar, apesar de andar à nora com as músicas do Dig Lazarus Dig... Teria gostado que o Nick (grande amigo... não nos víamos desde 96) tivesse ido ao bauzinho buscar mais uma ou outra música, mas com as que apresentou deu para sentir de tudo: nostalgia, alegria, “pica” (não sei se isto se qualifica como sentimento, mas não encontro palavra melhor), mas acima de tudo, não podia ter ido com melhor companhia e só por isso até valeu a pena aturar os Luridos Amarelos!



Mas vista a minha inexperiência nestas andanças concertísticas, passo a pena a quem percebe: João, Andreia, esperamos uma crónica mais informada!

(Temos de considerar a hipótese de criar um estatuto para Chincheiros honorários, para se poderem incluir mano/as e “amigo/as”).

A reposição da verdade.

No decurso de graves calúnias e difamações, lançadas em torno do meu Cissi, venho pela presente informar que, incontestávelmente, o Caeserzinho é a "Coisinha mai linda" e não há ditos até à morte.




Mergulha ... e não se afoga :D

Em Roma: sê Chincheiro

Quais Anibais Barca dos tempos modernos, um grupo de corajosos e audazes chicheiros partiu para a "cidade eterna", com uma perigosa e arriscada misssão: trazer honra e glória para o mui precioso Mar da chincha.


Preparados os elefantes, a subida pelos Alpes, foi dura e penosa.




Chegados a Roma, ultrapassam barreiras inexpugnáveis:

Enfrentaram criaturas terríveis e perigosas:

Atravessaram um mar de pedra, nunca antes navegado.


E após mil perigos ultrapassados, alcançaram o tão almejado triunfo:




(Errata: onde se lê romani deve ler-se chincheiri).

Por isso, meus amigos, em Roma sê romano????



Naaaaaaaaa

Em roma sê Chincheiro :)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Akra barbarion?!..

...para espicaçar uma certa e determinada pessoa que ainda não se manifestou desde o ressuscitar do mar da chincha...

há lá coisa mai linda!



e também é dado ao mergulho...



... mas é mais em poças de lama!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Ouvidinhos a 100%

Isto de mergulhar é fantástico, mas comigo nunca é simples e tirando o primeiro mergulho no mar, ainda não houve nenhum que tivesse feito que não terminasse numa chatice qualquer nos ouvidos!

Depois de duas otites, uma perfuração no tímpano... podiam dizer "é galo"... não é mesmo uma capoeira inteira! Mas parece que as coisas estão a melhorar!

Lá fui eu ao médico que me disse que o meu tímpano já tinha cicatrizado (e quase não é perceptível o local da lesão) e que o ouvido que costuma fazer otites "tem um óptimo aspecto"! O que quer dizer que estou prontíssima para ir à água (apesar de estar com um bocado de medo em relação ao que me pode acontecer a seguir)...

Então o que é que eu aprendi mesmo:

- Descer MUITO lentamente e compensar frequentemente (cada 3m... mas parece-me que isto varia de pessoa para pessoa) e de forma SUAVE à medida que se desce: a minha principal lição é que tenho ainda que descobrir qual é o meu ritmo, apesar de saber que sou mais lenta na adaptação à profundidade do que o pessoal com quem tenho mergulhado... é assim!

- Não forçar a compensação porque pode resultar em barotrauma ao nível do ouvido médio: a minha primeira otite também resultou de um barotrauma... não é nada agradável! O mar não foge, por isso mais vale esperar pelo próximo mergulho!

- NUNCA mergulhar congestionada/constipada: o médico que me observou acha que esse poderá ter sido o motivo para a perfuração do tímpano...

- Proteger os ouvidos no frio durante as viagens de barco: pode fazer a diferença entre desencadear uma otite ou não!

- Manter os seios nasais tão "limpos" quanto o possível: os sprays tipo Nasomar usados com alguma frequência têm esse efeito e ajudam a prevenir as sinusites ou dores de cabeça;

- Existe uma outra manobra que é a de Frenzel (ou de Marcante-Odaglia) que é mais suave e que é utilizada por pilotos e que pode não resultar tão bem quanto a de Valsalva... eu ainda não experimentei, mas estou a considerar fazê-lo como método complementar:

"A técnica desenvolvida para voar é fechar as cordas vocais, assim como se fosse levantar um peso pesado. O nariz é pinçado naturalmente e faz-se um esforço para fazer um som gutural “gã” ou "quã". Fazendo isto, levanta-se o último terço da língua e a “Maçã de Adão” eleva-se. Esta técnica também é chamada de “pistão da garganta”. É como se o mergulhador usasse a língua como um pistão, que empurra o palato mole para cima. Esta manobra comprime o ar na garganta e o esforço de pressurização pode ser sentido na parte mole do nariz. Um mergulhador pode praticar essa técnica observando a parte mole do nariz inflar ao mesmo tempo que move a maçã de adão para cima e para baixo"

outra descrição

"Com a glote bloqueada, as narinas tapadas e com a língua levantada aplicada contra o céu da boca, deve-se tentar imitar o som QUA. Isto corresponde ao mesmo movimento de tentar engolir em seco, sem que haja necessidade de tapar as narinas. Um outro artifício para tentar compensar é o de engolir em seco. Há mergulhadores que conseguem compensar desta forma. Embora a manobra de Valsalva seja a mais utilizada, por ser a mais simples e eficaz, as duas últimas são no entanto, as menos "violentas", pois, especialmente a ultima, provoca a abertura das trompas naturalmente, sem necessidade de injectar ar."

Tudo isto já tínhamos lido e ouvido milhares de vezes durante o curso... mas eu sou um bocado croma e até passar pelas coisas não aprendo!

Ficam as dicas para os outros chincheiros (que têm melhores ouvidos que eu!)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Senhor vinho

Ora bem, inspirada agora pelo comentário do João e durante a feira pelo deus Baco, lá cantarolei (para mal dos pecados do João que era a vítima mais próxima, mas dado o efeito poderoso do "terras do sado 2004" não deve ter dado pela mediocridade das minhas capacidades vocais) o fado do senhor vinho, que eu até aprecio apesar de não ser grande fã do género... muitos anos a estudar em Coimbra (e dura, e dura...) é para o que dá.

A letra:

"Oiça lá ó senhor vinho,
vai responder-me, mas com franqueza:
porque é que tira toda a firmeza
a quem encontra no seu caminho?

Lá por beber um copinho a mais
até pessoas pacatas,
amigo vinho, em desalinho
vossa mercê faz andar de gatas!

É mau procedimento
e há intenção naquilo que faz.
Entra-se em desequilíbrio,
não há equilíbrio que seja capaz.

As leis da Física falham
e a vertical de qualquer lugar
oscila sem se deter
e deixa de ser perpendicular.

"Eu já fui", responde o vinho,
"A folha solta brincara ao vento,
fui raio de sol no firmamento
que trouxe a uva, doce carinho.

Ainda guardo o calor do sol
e assim eu até dou vida,
aumento o valor seja de quem for
na boa conta, peso e medida.

E só faço mal a quem
me julga ninguém
e faz pouco de mim.
Quem me trata como água
é ofensa, pago-a!
Eu cá sou assim."

Vossa mercê tem razão
e é ingratidão
falar mal do vinho.
E a provar o que digo
vamos, meu amigo,
a mais um copinho!"

Para quem quiser ouvir a melodia pode sempre passar na "Casa de Fados (y d'otras cositas más...)" do Zambujal.

ou então - e é capaz de ser um bocadito melhor - pode sempre ouvir esta versão no "tucano" (viram a piada!!!)

http://br.youtube.com/watch?v=3uGRTZR9hyc

(como é que se põem filminhos nos posts?...)

domingo, 6 de abril de 2008

A primeira navegação



...e aí está a primeira participação do temerário, intrépido, velho lobo do mar... The Fliyng Dutchman!
Há que trocar a vela por um mouse, o mastro por um teclado e o leme por um monitor de 15 polegadas.. é assim.. nem os mais experientes "escantões" (hahaha!) podem resistir ao novos modos de navegar.
É na realidade com prazer que embarco nestas aventuras, depois de muita insistência da companha da Chincha.




De facto, aproveito o post colocado pela inabalável Pedra do Guilhim, que por acaso até é a pedra mais linda da costa portuguesa, para denunciar a minha concordância relativamente aos excepcionais valores gastronómicos ali das terras do Sado.
É estranho pensar que algo que cheire tão mal possa saber tão bem, caso do queijo amanteigado, o mesmo não acontecendo com o vinho e com o pão. Cheiram ao que sabem e vice-versa.. enfim uma delicia… e já agora, um agradecimento especial aos anftriões, Ana e Joãozinho-nunca-me-enganaste-pois-parece-que-és-da-família-daquele-cujo-nome-não-pode-ser-pronunciado!



Ai cariño…

Adiante ☺..Acho bem que esta tenha sido a primeira de muitas saídas gastronómicas, musicais e embriagacionais… Enfim, acho que daqui em diante lhes poderemos chamar “Saídas Etnográficas”. Nada como conhecer o nosso país e as suas especificidades para nos conhecermos a nós próprios…
Já dizia o meu grande amigo de quilómetros infindáveis ao volante, Johnny Cash, que um homem sem conhecer a sua terra não se conhece a si mesmo / tem pouco valor.



Long live the man in black

Aproveitando estas palavras sábias e a não menos valiosa proposta da Guilhim, podemos apontar as baterias para o Festival Músicas do Mundo, em Sines e a Festa das Vindimas em Palmela. 110% a favor, não acham?
Porém, podemos sempre combinar um evento etnográfico assim mais para o improvisado…. Arranjam-se sempre umas alheiras para grelhar no Zambujal, regadas com um belo tinto de uma qualquer encantadoramente fértil região lusa (propõem-se aquelas águas do Alentejo..)

nem só de pão, queijo e vinho vive o homem.. porque o fígado não deixa!


O “mar da chincha” esteve flat... inmergulhável... tempestuoso... o que quiserem, mas agora parece estar de volta com as melhores condições para a “prática desportiva”, de sempre!

Por muito que quiséssemos esconder não conseguimos... o nosso carisma, a nossa atitude tudo em nós atrai... por isso quando “nos convidaram” (sendo esta uma expressão que deve ser compreendida em “lato sensu”... até porque alguns diriam que 4 dos chincheiros se colaram a um, mas isso são detalhes) para participar na 14º Feira de Pão, Queijo e Vinho (não necessariamente por esta ordem - www.cm-palmela.pt/noticias.php?id=230) não tivemos como dizer que não! Depois de consultarmos as nossas agendas lá conseguimos marcar presença no Sábado passado (5 de Abril).

Em duas palavras só tenho a dizer que: “quem não foi, perdeu” e perdeu não só a excelente qualidade dos produtos (e sobre esse assunto ir-me-ei debruçar mais à frente, porque os nossos leitores esperam de nós avaliações isentas e especializadas sobre este ou qualquer outro tópico e por isso não os podemos defraudar) mas sobre o fantástico programa cultural. Deste destaco a corrida de ovelhas! Ouve mesmo um chincheiro, mais experiente nestas andanças, que se arrependeu de não ter levado a sua ovelha que garantidamente ganharia o torneio... no mar da chincha até as ovelhas sabem nadar!



Contudo, e cientes da natureza técnica da nossa presença do evento, começámos por volta das 20h a fazer uma escolha criteriosa e aprumada dos bens para avaliação, com a inestimável colaboração da Chincheira honorária Ana (aka a amiga do João) a que se juntaram outros amigos-do-João que ajudaram na recolha de elementos para a avaliação. A selecção consistiu:
- 2 tintos (mais coisa menos coisa... mais para mais...) – Regional do Sado, 2004
- 1 branco – (???? – a minha especialidade limita-se ao tinto por isso peço ajuda)
- 1 moscatel(zinho) – foi provado aos bocadinhos
- 2 pães com chouriço – resultantes de um desejo súbito... e se me é permitido sugiro que a feira acrescente aos seus produtos o fumeiro... não lhe ficava nada mal!
- 1 ou 2... ou 3 pães caseiros – sempre bons
- 4 queijinhos amanteigados – Fernando Jorge Monteiro
- 1 sopa caramela – Ana, tens que ser tu a opinar!
- 6 ninhos – eu só comi 2
- 1 crepe com requeijão
O saldo: muito, muito, muito positivo... ainda assim há que dizê-lo com frontalidade que estes produtos têm como efeitos secundários uma explosão de sinceridade e por isso nessa noite foram descobertas algumas carecas... if you know what I mean... O olhar da Andreia para o Rui, dificilmente me sairá da memoria, principalmente depois dos esforço da primeira para salvar criaturas de Deus que o segundo durante momentos da sua vida atormentou...

A noite acabou cedo (digam-nos o que aconteceu depois!) para dois Chincheiros já com pouco treino nestas lides, mas com vontade de voltar à velha forma, mas não sem antes ouvir o faduncho da Maria da Fonte ou o Chico da Aurora (pode não ser nenhum destes o nome do fado!)... que ainda comoveu um ou outro coração mais incauto...

Bonito, bonito, foi o despertar... uma “ligeira” dor de cabeça, um humor particular e o peso na consciência (e não só) dos exageros... mas nada como repetir a dose para ver se os sintomas pós-experiência gastronómica melhoram! Se não antes, voltamos a repetir a dose na feira das vindimas!

Agendado e com presença garantida do mar da chincha temos:
- Nick Cave
- Festival Músicas do Mundo
- e o mais que vier!

Good to be back!

1, 2, 3 diga lá outra vez!

Vamos lá ver se sacudimos o marásmo!

Gente toca a participar e a deixar comentários... caso contrário a coisa não tem tanta piada!

Vamos considerar que o blog tirou uma licença sabática e agora vamos recomeçar com toda a força!

Aos nossos (muitos!) admiradores contamos com o vosso apoio para conseguirmos cumprir a nossa missão... que ainda não sabemos bem qual é, mas ainda assim queremos muito cumpri-la!

Relembrando uma expressão muito popular dos nossos saudosos anos 80 "1, 2, 3, diga lá outra vez..."

Começo eu com: "nem só de pão, queijo e vinho vive o homem... porque o fígado não deixa!"

e para não dizerem que não há mais temas deixo uma deixa:
- o mar da chincha vai a Roma (na linha dos títulos da Anita para as meninas e do Teo para os meninos... mais uma vez os 80's no seu melhor!)