terça-feira, 9 de outubro de 2007

O primeiro mergulho do resto da minha vida... ou se eu fosse a Alfonsina



Sobre o mergulho no mar... deve e há muito a dizer, mas ainda não encontrei as palavras certas. Mas há uma música que eu achava muito bonita cantada pela Cristina Branco (original de Ariel Ramirez e Félix Luna em homenagem à poetisa Alfonsina Strorni que escolheu morrer no mar), que eu sentia que quase que a percebia. Pode parecer que não tem nada de espectacular, mas para já e ainda na "ressaca" da primeira experiência é o melhor que consigo encontrar. Pode parecer um bocado triste, se tivermos em conta a história, mas há um sentimento que transcende a tristeza e uma ligação quase visceral à envolvência que o mar proporciona, dentro ou fora dele... uma realidade paralela e muito sedutora.

Por la blanda arena que lame el mar
Su pequeña huella ya no vuelve más
Un sendero sólo de pena y silencio llegó
Hasta el agua profunda
Un sendero solo de penas mudas llegó
Hasta la espuma

Sabe Dios que angustia te acompaño
Que dolores viejos calló tu voz,
Para recostarte arrullada en el canto de las
Caracolas marinas
La canción que canta en el fondo oscuro del mar
Las caracolas

Te vas Alfonsina con tu soledad
Que poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de vento y de sal
Te requiebra el alma y la está llevando
Y te vas hacia allá como en sueños
Dormida Alfonsina vestida de mar

Cinco sirenitas te llevarán
Por caminos de algas e de coral
Y fosforescentes caballos marinos harán
Una ronda a tu lado
Y los habitantes del agua van a jugar
Pronto a tu lado

Bájame la lámpara un poco más
Deja me que duerma nodriza en paz
Y se llama él no le digas que estoy, dile que
Alfonsina non vuelve
Y se llama él no le digas nunca que estoy
Di que me he ido

(pode parecer exagerado depois dos primeiros mergulhinhos… mas também, porque é que não havemos de exagerar de vez em quando?!)

3 comentários:

JP disse...

Cara Guilhim! Parabéns, é com muito apreço que vejo uma Chincheira a dar o primeiro passo. Eu estou amuado no meu galeão...sabes como é um corsário como eu não aceita bem estas esperas para entrar em acção. Vejo que gostaste e que estás maravilhada com as profundezas do nosso mar...ah! belo post.

Guilhim disse...

Amigo, não te preocupes, porque muito provavelmente vais aproveitar mais do que nós todos juntos! A expectativa, em tudo na vida, torna as coisas muito mais apetitosas!

Um lobo do mar como tu, também tem de dar tempo ao mar para o receber... está-se a pôr todo bonito só para ti! Vais ver!

Cá te esperamos e com umas dicas porreiras para evitares dores de ouvidos... não são só desvantagens!

Akra Barbarion disse...

Olá guilhim, ainda bem que não foste atacada pela boga gigante ou pelo polvo assassino.

É que nestas águas de Sesimbra, o perigo está sempre à espreita.

Parece que depois do tubarão branco, é a vez da quelha (perguntem ao capitão Flyn, porque diz que ele é que sabe os promenores)