domingo, 29 de junho de 2008

Um Mergulho no Leste - Parte I

Depois dos mil perigos passados na conquista do "trinufii chincheiri" em Roma, o mui glorioso Mar da Chincha enviou uma embaixada ao Leste, para reconhecimento do terreno e preparação de novas expedições.

Reunidas as tropas, a embaixada seguiu corajosamente (e patrioticamente - note-se o cachecol de Portugal) rumo ao Leste.



O primeiro rumo estava traçado: Eslovénia, Austria, Eslováquia, Républica Checa e finalmente a Polónia, onde fizemos uma incursão por um dos locais mais emblemáticos da história contemporânea da Europa: os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau.


As imagens, bem presentes na memória de todos, falam por si.





"Those who forget the past are condemned to repeat it." - George Santayana (entrada de Auschwitz I).

Nota: To be continued.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Jantar de solstício

No Mar da Chincha, não gostamos de deixar passar datas importantes em branco, principalmente quando estão relacionadas com fenómenos naturais. Por isso no dia 21 lá fomos nós ao Chicos (que se está a candidatar a tornar-se a sede de reunião da seita) para celebrarmos o dia mais longo do ano, como os antigos pagãos faziam... mais coisa menos coisa. Ainda se falou de irmos para o meio da floresta dançar nús à volta da fogueira... mas a pizza ali era melhor, mais quentinha e dava para ver o Holanda Rússia.

Por falar em Holanda-Rússia! Jogão do caraças!



Proponho novo jantar quando for Lua nova... não convém deixar os deuses da Natureza mal dispostos!

Leste...

Fui eu que sonhei, ou alguém que eu conheço foi ao Leste, e foi multada, e viu jogos de futebol e campos de concentração... devo estar enganada!...

A menina Akra está a dever-nos um post!!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Vamos mergulhar Domingo?

Chincheiros e amigos da chincha, alguém quer vir mergulhar no próximo Domingo, pelas 9.00h? Penso que o Tz ainda tem vagas, mas é uma questão de vermos no blog:

http://deepdive-news.blogspot.com/

Senão há outro às 12.00h.

Ainda se lembram como se enche o colete ?????

terça-feira, 17 de junho de 2008

Trabalho de casa

Apesar de ainda estar a ouvir em "mono" e de ter sérias dúvidas que volte a conseguir mergulhar, o meu ânimo para a viagem é inquestionável!!!... até porque à medida que o tempo passa, o corpinho e a cabeça já estão a dar sinais de precisarem de uma folga. Por isso e para saber o que nos espera, ora aqui vão uns breves apontamentos históricos:



Ilha das Flores e Corvo

É ponto controverso a data do descobrimento das ilhas das Flores e do Corvo sabendo-se ter sido posterior às das restantes sete ilhas dos Açores. Afirma-se, porém, que em 1452 era reconhecida por Diogo de Teive e seu filho. Inicialmente denominada ilha de São Tomás ou de Santa Iria, em breve o seu nome é mudado para Flores, devido à abundância de flores amarelas (cubres) que revestiam toda a ilha, cujas sementes foram possivelmente trazidas da península da Florida, América do Norte, na plumagem de aves migradoras.

O seu povoamento inicial é atribuído ao flamengo Wilhem van der Haagen (Guilherme da Silveira) que, depois de alguns anos, a abandona, indo fixar-se na ilha de São Jorge, decisão que se deveu ao afastamento da ilha e inexistência de ligações regulares por barco que permitissem a exportação da planta tintureira chamada "pastel" para a Flandres. Seguem-se, já no séc. XVI, agricultores de várias regiões do Continente que começaram a arrotear os seus campos produzindo trigo, cevada, milho, legumes e a explorar a urzela, líquen utilizado na tinturaria, e o "pastel". Nesse período recebem o foral de vila as povoações de Lages e Santa Cruz.

Afastada das restantes ilhas do arquipélago, com poucos produtos para exportar, a ilha das Flores vive séculos de quase isolamento, interrompido pelas raras visitas das autoridades régias, de barcos de comércio do Faial e Terceira que vinham buscar azeite de cachalote, mel, madeira de cedro, manteiga, limões e laranjas, carnes fumadas e, algumas vezes, louça das suas cerâmicas e, em troca, deixavam panos de lã e linho e outros artigos e de navios que ali faziam aguada e compravam viveres. Este isolamento não evita que, em 1587, seja atacada por uma esquadra inglesa que saqueia a ilha e que outros navios corsários e piratas um dos quais, conta a tradição, se refugiou na gruta dos Enxaréus, a ataquem e pilhem.
Os navios baleeiros americanos, que frequentam os Açores desde meados do séc. XVIII até finais do séc. XIX, caçam o cachalote nas suas águas e recrutam, entre a população, marinheiros e arpoadores. Muitos deles tornam-se capitães de veleiros merecendo destaque o "Wanderer" que, tendo navegado até 1924, foi considerado o mais belo baleeiro americano.

O desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a beneficiação das instalações portuárias, um aeroporto e a presença de uma estação francesa de telemedida são acontecimentos recentes, que abriram novos horizontes ao progresso da ilha.

A morte de um corsário.

Os Açores foram durante parte dos séculos XVI e XVII, ponto de reabastecimento e protecção dos galeões espanhóis carregados com os imensos tesouros do México e Perú, por esse motivo, as suas águas eram infestadas por corsários.
Em 1591, uma esquadra de 16 navios corsários ingleses, capitaneada por Sir Thomas Howard, aportou à costa norte das Flores para a habitual pilhagem, aproveitando a estadia para repouso e tratamento da tripulação e, simultaneamente, esperar a chegada dos galeões. Avisada a tempo da presença, nas proximidades da ilha, de uma flotilha espanhola de defesa, com um número superior de navios, a esquadra inglesa, menos o "Revenge", capitaneado por Sir Richard Grenville, pode recolher os tripulantes e fugir. Esta atitude do capitão deveu-se à demora no regresso da tripulação ou à ideia de que as velas que se aproximavam eram dos galeões carregados de riquezas. Reconhecido, e escolhendo a luta em vez da fuga, o "Revenge" lançou-se para o meio da flotilha e, durante horas, resistiu heroicamente aos ataques dos numerosos navios espanhóis, até ser abordado e os seus últimos vinte defensores, entre os quais Sir Richard Grenville, que morreu dias depois, serem feitos prisioneiros pelo navio almirante"San Pablo".

Este feito heróico, que mereceu um poema de Tennyson, é encarado por alguns historiadores como demonstração do "intolerável orgulho e insaciável ambição" de Sir Richard Greville, que o fazia odiar pelos homens às suas ordens e ser temido pelos seus inimigos.

A odisseia do "Alabama". Durante a Guerra Civil Americana as forças sulistas utilizaram navios corsários como forma de atacar a marinha mercante do Norte. O mais célebre de todos foi a "Alabama" que, construído em Inglaterra em 1862, recebeu o seu armamento e munições perto das Flores e, imediatamente, iniciou a perseguição aos baleeiros americanos que estavam nas águas dos Açores, afundando-os. A partir daí o "Alabama" continuou a sua acção de corsários tendo afundado cerca de 70 navios até que, em Junho de 1864, foi atacado e destruído pelo "Kearsarge", da marinha dos Estados Unidos, na área do Canal da Mancha. A cedência do "Alabama" aos sulistas veio a custar à Inglaterra uma indemnização de mais de 15 milhões de dólares em ouro, pelos prejuízos causados. Um dos tripulantes do "Alabama" era um valoroso marinheiro da ilha do Corvo que, após as suas aventuras, foi alcunhado de Alabama, tendo deixado descendentes que ainda hoje vivem na ilha.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Arrumar as barbatanas...

Esta chincheira está prestes a arrumar as barbatanas!

Ontem eu e o Rui fomos ao mergulho nocturno aos "segredos do cabo"... depois de andar há uma semana a inalar água do mar, para não desistir e tentar eliminar os problemas todos que pudesse ter nos ouvido, achei que estava pronta para testar esta solução e lá fui eu... e mais uma vez, consigo descer sem problemas, mas quando é necessário subir e descer a coisa fica mais difícil. Desta vez resolvi aguentar um bocadinho mais a dor e o resultado foi: o tímpano furado (outra vez) e o outro ouvido tapado (isto de ouvir em mono é uma tortura!).

Confesso que pouco aproveitei! Ainda assim deu para ver um "cavaco" e um robalo... depois lá vim eu para cima!... é giro e é escuro... mas estava muito atrapalhada com a laterna, para ver se não cegava ninguém, e com a paranóia dos ouvidos, não desfrutei nada! A não ser já no barco a ver as estrelinhas todas e as escarpas do cabo que são tenebrosas e bonitas ao mesmo tempo!

Se calhar o mergulho não é para mim...

domingo, 1 de junho de 2008

Mar da Chincha no Penteado

A intensa actividade cultural do Mar da Chincha, levou-nos desta vez a mais um mergulho pelos 80’... segue-se a Nick Cave... Crazy Diamonds e ao Coliseu... Clube Recreativo do Penteado! Mas desta vez tivemos direito a uma foto com uma das estrelas da banda e juntamente com o preço do bilhete (€2), a um Moscatelzinho
(à parte: porque será que soa melhor dizer “moscatelzinho” do que “moscatel”... vá-se lá saber! Adiante!).



Não se pode dizer que a casa estivesse cheia, mas ainda assim estava bem composta e todos os membros do público apresentavam uma característica em comum... a utilização de uma “pulseira” de segurança. Só com este itmen poderíamos não só desfrutar do som da banda, mas também, sair do recinto para apanhar ar, sempre que necessário!



Mas falando da qualidade da banda. De facto surpreendente! Apesar de não ser especialista em Pink Floyd, achei que as covers se aproximavam de forma muito fiel ao som original... o que não é fácil dadas as condições: um palco num clube recreativo com dois “técnicos de som”, não é bem a mesma coisa que um mega palco e 500 gajos para fazer tudo, desde o preparar o café a afinar as guitarras! Por isso dou os meus parabéns à banda!

Foi mais uma noite bem passada à tona de água, mas mergulhada entre bitoques, bejecas e os sócios do clube do penteado... e assim foi porque estávamos todos!



(a sobrancelha que se vê no fundo da foto, é minha!)

Brevemente enviaremos uma correspondente internacional ao Leste... e eu sugiro um título “Would you tell me...”